Por ocasião de mais uma primavera (que, neste ano da graça de 2010, nunca mais volta), deixo aqui não duas fotos, habilmente digitalizadas por Ni - mas que eu não consigo descobrir o formato adequado para as poder carregar - do único elemento dos PL que apareceu num genérico de um programa desportivo da na altura monopolista RTP (esta metáfora será apropriada, ZN? Ela evoca um dos jogos da majora que esteve no index em pleno tempo de ditadura do matriarcado no 31 6ºE...) e em que TPL efectuava um extraordinário lançamento que seria de 3 pontos caso houvesse essa a regra à época. O programa chamava-se Retrospectiva e ia para o ar aos sábados de manhã e, claro, eu não perdia uma emissão, especialmente o início e o final para poder re-apreciar semanalmente o grande momento desportivo (que, ao que vim a saber, foi invalidado pela equipa de arbitragem...) da nossa mana mais velha. É que na altura não havia dvds nem internet e, quando se perdia uma imagem na tv, era bem possível que ela desaparecesse ad eternum.
Bi-campeã nacional de basket, com a invulgar proeza de o ter conseguido em dois clubes (a AAC e o CAC), TPL conseguiu conjugar percurso desportivo e académico com inegável destreza. E lembro-me do orgulho de Little Souls quando me deu dinheiro para eu ir à Patinhas comprar a Bola (o que para o nosso Pai era quase um sacrilégio...) onde aparecia uma minúscula referência à licenciatura em Matemática de uma jogadora do CAC. Quem não gostou nada dessa notícia foi MNL que afirmou, com desdém, «até parece que ela se formou por causa da Académica...!»
Mas eu bem sei o orgulho que sentia quando entrava na histórica sede dos Arcos de Jardim e deparava com uma foto de TPL, ao lado dos outros craques doutores da Briosa. Dava-me cá um estatuto junto dos meus amigos... E depois sempre que os Quintelas, os Baganhas ou o Gui (o jogador que treinava com suspensórios cheios de chumbo, qual homem-bomba, para melhorar a sua impulsão!) passavam por mim na rua e me cumprimentavam (pelo simples facto de eu ser o irmão mais novo do meu maior ídolo desportivo!) sentia-me realmente no topo do mundo.
E o memorável título de 1976 na Covilhã contra os hiper-favoritos CIF e o outro Académico que, por acaso, jogava num velho campo com o nome Lima (não, não vou falar da Arlete, a jogadora mais temível das portuenses. Olha, já falei...)? Nunca mais me esqueci dos treinos que fazia na Eugénio de Castro pelo Clube da Manilha num campo de minibasket na cabeceira do campo principal onde as campeãs nacionais treinavam e onde militava TPL.
Não tenho a certeza deste pormenor, mas acho que foi também através do basket que a aniversariante conheceu ACO, esse para mim verdadeiro PL (por muito que ele não queira...).
Mas pergunto para acabar: terá sido TPL a melhor jogadora de basket que eu vi jogar?Devo confessar que não. Não, ainda não enlouqueci e não vou dizer que foi a futura Jane Matos, conhecida sobretudo pelas suas jogadas insólitas, como por exemplo o auto-cesto mais conhecido da história. Para mim, a melhor jogadora PL de basket de todos os tempos foi ... o careca!
Apesar da afilhada de T apenas ter conseguido um 3º lugar no Campeonato Nacional da 1º Divisão e, vergonha das vergonhas, representando o ... Olivais!
PS: Como comecei por dizer não consegui formatar as imagens da nossa campeã PL; por isso aqui vos deixo uma simples imagem de um conjunto masculino - com algumas figuras bem conhecidas - do bola ao cesto do clube que mais adeptos tem no universo PL (não acreditam? Faça-se uma sondagem, JÁ!).
Muitos Parabéns Teresa do teu fã Bones!
